A ofensiva do Exército dos Estados Unidos a cidade iraquiana de Falluja, nesta segunda, dia 8, deixou pelo menos 38 pessoas mortas. Os combates e bombardeios foram autorizados pelo primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi. A operação militar pretende prender os cerca de 6 mil combatentes rebeldes na cidade, entre simpatizantes do ex-ditador Saddam Hussein e seguidores do militante Abu Musab Al Zarqawi, um aliado da rede Al Qaeda.

Os mortes ocorreram quando as tropas norte-americanas tomaram o principal hospital da cidade. Em um período de apenas 20 minutos, foi possível observar oito ataques aéreos na região. Nuvens de fumaça surgiam enquanto disparos de artilharia podiam ser ouvidos a todo instante.

Soldados apoiados por tanques também enfrentavam guerrilheiros ao redor da cidade, que fica a 50 quilômetros oeste de Bagdá. Mais de metade dos 300 mil habitantes deixou o local. Um hotel localizado nas proximidades de Falluja abriga 300 famílias e montou barracas para outras 150. Antes de deflagrar a operação, os EUA despejaram folhetos aconselhando a saída da cidade.

Com a ofensiva, o militante Abu Musab al-Zarqawi, aliado da Al Qaeda, convocou os muçulmanos a pegarem em armas e a enfrentarem os EUA.

– Meu povo, a guerra começou e o chamado para a Jihad (guerra santa) foi feito – afirmou em comunicado na internet.

Os guerrilheiros revidaram os ataques em três cidades. Em Bagdá, um suicida explodiu seu carro perto de um comboio dos EUA, matando ao menos três pessoas. Outros dois carros-bomba foram detonados em Mossul e Ramadi. Quatro iraquianos morreram e 13 ficaram feridos.

As informações são da agência Reuters.