Mais de 100 milhões de eleitores, e talvez até 125 milhões, devem comparecer nesta terça, dia 2, às urnas nas eleições presidenciais norte-americanas. Além de definirem o político que ficará à frente da Casa Branca, os norte-americanos vão decidir qual partido controlará o Congresso e escolherão os governadores de 11 Estados. Os membros do Partido Republicano, de Bush, devem manter o controle do Senado e da Câmara dos Representantes.

A participação do eleitorado é crucial para determinar qual dos dois candidatos conquistará os votos necessários para vencer. Outro elemento fundamental são os eleitores indecisos, que somam de 2% a 3% do eleitorado. Como a corrida está muito apertada, esse contingente de votos poderá ser suficiente para assegurar a vitória de qualquer um dos presidenciáveis. Para tentar convencer os indefinidos, na véspera da eleição, o presidente norte-americano, George W. Bush, e seu adversário na corrida pela Casa Branca, o senador John Kerry, realizaram uma última investida em vários Estados ainda indefinidos, em busca de votos que podem selar o resultado da disputa, virtualmente empatada.

Em uma corrida dominada pela guerra contra o Iraque e pela questão da segurança nacional, Bush e Kerry retomaram seus bordões em discursos proferidos no domingo. O presidente disse que Kerry era fraco demais para liderar, e o senador afirmou ser hora de mudança.

As pesquisas mostravam os concorrentes com quase o mesmo número de votos 24 horas antes de os norte-americanos irem às urnas para escolher o homem que os liderará nos próximos quatro anos.

No dia anterior ao pleito, o senador democrata John Kerry lançou-se em campanha em quatro Estados críticos num último esforço para conquistas eleitores indecisos e para sustentar o apoio dado a ele, quando as urnas forem abertas nesta terça. O longo dia de Kerry começou na Igreja de St John, em Orlando, onde os católicos romanos comemoravam o Dia de Todos os Santos, e deve se encerrar em La Crosse. Wiscosin, no Meio-Oeste.

Num comício no aeroporto, antes de deixar a Flórida, onde a disputada eleição decidiu quem ganharia a presidência, Kerry pediu que os americanos participem de pesquisas, especialmente os centenas de eleitores recém-registrados.

Ele também disse que os eleitores terão de escolher entre mais quatro anos da mesma "política falha" ou por um recomeço.

–  Essa é a escolha, esse é o momento de responsabilidade para a América. É um momento que todo o mundo está observando o que vocês vão fazer. Todas as esperanças e sonhos de seu país estão em jogo hoje – disse Kerry.

Já o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que estava animado e otimista com suas chances de reeleição, durante uma última maratona eleitoral em Estados importantes, em que pediu a participação massiva de seus simpatizantes para derrotar o senador democrata.

As primeiras paradas foram em Ohio e Pensilvânia. Depois, Bush viajou a Winsconsin e, mais tarde, estaria em Iowa e Novo México, antes de fechar sua maratona de 16 horas com um comício em Dallas, no seu Estado natal, o Texas – onde terá uma vitória sólida.

Em cada comício, a mensagem de Bush foi a mesma: que ele é um líder firme, determinado, que combaterá o inimigo na guerra contra o terror e protegerá a América, e que Kerry não é digno de confiança para ser o presidente.

Bush e seus aliados republicanos contam com uma massiva participação nos Estados indecisos na terçapara levá-lo à vitória em uma disputa que está praticamente empatada, segundo as pesquisas.

Antes de votar na terça em um colégio eleitoral perto de seu rancho em Crawford, no Texas, Bush planejou uma parada em Columbus, Ohio, para pedir novamente aos eleitores que compareçam às urnas e com o objetivo de conseguir uma margem na disputa. Ele esperará a contagem de votos na Casa Branca. O tempo para definir a eleição poderá ser tão grande quanto o ocorrido em 2000, quando foram necessários 36 dias para definir o pleito. 

As informações são da agência Reuters.