O atual presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição pelo Partido Republicano, George Walker Bush, tem a sua vida política dividida em duas partes: pré e pós atentados terroristas de 11 de setembro. Após comandar ações militares no Afeganistão e no Iraque, Bush pretende continuar da Casa Branca a chamada luta contra o terror.

Aos 58 anos de idade, o republicano pertence a uma família rica e de políticos. Nascido em 6 de julho de 1946, na cidade de Haven, no Connecticut, é o filho mais velho do ex-presidente George Bush (1989-1993) e irmão de Jeb, governador do Estado da Flórida.

Formado em História pela Universidade de Yale em 1968, concluiu sete anos mais tarde o MBA (Master in Business Administration) na prestigiada Harvard Business School. Ao contrário do seu adversário na disputa presidencial, não foi chamado para servir na Guerra do Vietnã. No Texas, ingressou na Guarda Aérea Nacional, onde aprendeu a pilotar aviões militares.

Durante os anos 70, a vida do republicano sofreu acusações de consumo de drogas e bebidas alcoólicas. Rotina que só teria sido modificada após o casamento com Laura em 1977, com quem teve as gêmeas Barbara e Jenna. Bush tornou-se mais religioso, convertendo-se para a fé metodista.

A vida pública, entretanto, começou a ser moldada, quando iniciou a administração de empresas ligadas ao ramo do petróleo – seu pai construiu uma fortuna no negócio no Texas. Bush, entretanto, não obteve sucesso como administrador. Em novembro de 1988, organizou um grupo de investidores e comprou o Texas Rangers, time de beisebol. Entusiasmado pelo sucesso como empresário esportivo, candidatou-se a governador do Texas em 1994. Vínculos locais e um discurso conservador muito forte garantiram a vitória no pleito do segundo maior Estado norte-americano.

Em 1998, Bush tornou-se o primeiro governador do Texas a ser reeleito, angariando muitos votos dos eleitores negros e hispânicos. O respaldo com as minorias, levantou o interesse do Partido Republicano, que indicou Bush como alternativa para desafiar o candidato democrata, o então vice-presidente Al Gore, nas eleições presidenciais de 2000.

Em julho daquele ano, Bush anunciou sua escolha para vice de sua chapa: Richard Bruce Cheney, político considerado discreto e experiente que comandou o Pentágono na Guerra do Golfo (1991), durante o governo do pai de Bush.

Cheney, que nasceu em 30 de janeiro de 1941, em Lincoln, na Nebraska, também é considerado ultraconservador – ele é um dos dez deputados que tentaram proibir o aborto mesmo em casos de estupro e problemas na formação fetal e um dos quatro que tentaram vetar uma lei igualando direitos de homens e mulheres.

A disputa foi uma das mais emocionantes da história dos Estados Unidos e só acabou sendo decidida pela Suprema Corte – órgão máxima da justiça norte-americana. A discórdia estava no estado da Flórida, onde houve denúncias de fraude eleitoral.

No meio dessa controvérsia, Bush assumiu como 43º presidente dos EUA, sem experiência nem muito interesse pelos assuntos internacionais. Nove meses depois, os atentados ao World Trade Center e ao Pentágono o lançaram à arena mundial e o fizeram declarar guerra ao terrorismo.