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 | 01/05/2008 16h41min

Brasil ganha grau de investimento, mas segue longe do topo

País está a nove passos da nota mais alta, atrás de nações como Croácia, México, Tailândia, Chile, Itália e EUA

Atualizada às 19h18min

A agência de classificação de risco Standard & Poor's concedeu ao Brasil, na quarta-feira, o patamar de grau de investimento. A decisão representa uma melhora na recomendação do Brasil, que passa a ser considerado investimento seguro para investidores estrangeiros.

A classificação foi comemorada pelo governo, que afirmou que o Brasil "foi declarado um país sério", nas palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia também animou investidores, que levaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a encerrar o mês de abril com recorde histórico, em alta de 6,33%.

Com a elevação da nota do Brasil pela S&P — que passou de BB+ para BBB-, o país atinge o primeiro degrau da classificação chamada de "grau de investimento". Permanece, no entanto, a nove passos do topo — onde estão países como Estados Unidos e Alemanha, considerados sem risco de inadimplência. Nos degraus acima do Brasil, estão ainda países como Croácia, México, Tailândia, Chile e Itália.

Economia em Dia: repórter de ZH Marta Sfredo
comenta a decisão da Standard & Poor's

Outras agências

A expectativa agora, segundo o economista-chefe da López León Markets, Flávio Serrano, é de que as outras duas grandes agências de classificação de risco, a Moody's e a Fitch, sigam a indicação da S&P e elevem a nota brasileira.

A Moody's dá ao país a nota Ba1, enquanto a Fitch coloca o Brasil no patamar BB+. Nos dois casos, a um passo do grau de investimento.

Para Hugo Penteado, economista-chefe do Asset Management do Banco Real, o grau de investimento concedido pela Santandard & Poor's indica que o país está na direção certa em sua política econômica, mas ainda falta uma segunda indicação para não ter restrições de aplicação.

— Para o Brasil ser considerado local grau de investimentos, evitando a restrição de aplicação de várias entidades no mundo todo, precisa de uma segunda agência também com nota grau de investimentos nas duas dívidas. A Moodys está perto de fechar esse ciclo, pois já colocou a dívida em moeda estrangeira de longo prazo no grau de investimento — disse ele, segundo informações do site G1.

 
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