| 01/05/2008 09h16min
O otimismo no mercado financeiro com o grau de investimento é generalizado. Analistas e investidores esfregam as mãos enquanto fazem as contas para tentar estimar a quantidade de dinheiro que deve entrar no país em conseqência do novo status. Isso deve ocorrer por meio de dois canais: o financeiro e o da economia real.
No primeiro, o impacto é de curto prazo, como já ficou claro na disparada de ontem do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) e na forte queda do dólar.
— É provável que essa tendência se mantenha para os próximos dias — afirmou o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.
O segundo é mais demorado e deve beneficiar o Brasil nos próximos anos. Toda essa expectativa se deve ao fato de que o grau de investimento, ao menos em teoria, abre as portas do país para trilhões de dólares, euros e ienes. Isso porque diversos fundos de investimento e de pensão, entre outras entidades, não podem aplicar seu dinheiro em ativos que
não sejam carimbados com o selo de
grau de investimento (em inglês, investment grade). No mercado, não há uma estimativa precisa do tamanho dessa montanha.
O presidente do banco de investimentos do Citibank no Brasil, Ricardo Lacerda, calcula que sejam ao menos US$ 3 trilhões.
— Sem o investment grade, o País tinha acesso a uma pequena parte desses recursos — disse. Segundo ele, somente o Citi tem clientes cuja poupança potencial supera os US$ 50 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
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