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 | 19/02/2008 09h53min

Dólar abre em baixa de 0,17% a R$ 1,733 na BM&F

Perspectiva é que a moeda americana seja negociada com pequena desvalorização nesta terça

O dólar à vista abriu em baixa de 0,17% nesta terça-feira, cotado a R$ 1,733 no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Instantes após a abertura, às 9h08min, a moeda norte-americana intensificava as perdas em relação ao real e caía 0,23%, negociada a R$ 1,732 — na taxa mínima do dia até o momento.

O mercado internacional continua vivendo entre o céu e o inferno. Se ontem as Bolsas européias subiram impulsionadas principalmente por notícias positivas do setor financeiro, enquanto era feriado nos EUA, hoje caem atingidas pelo mesmo segmento.

Mas a alta nos índices futuros de Nova York, que recuperam o desempenho positivo dos mercados de ontem, e a perspectiva de que os balanços previstos para hoje possam servir de alento, evitam deterioração do ambiente. No mercado doméstico de câmbio, se o Exterior não atrapalhar, a tendência continua sendo a queda das cotações.

Por isso, perante a indefinição internacional e alguns sinais de que pode haver melhora em relação ao início do dia, a perspectiva é de que o dólar seja negociado com pequena desvalorização. A definição do comportamento da moeda norte-americana em relação ao real deve vir com o fluxo de recursos e uma maior clareza sobre os negócios no cenário internacional.

O mau humor inicial dos investidores hoje era fruto, entre outras coisas, da baixa contábil anunciada pelo banco britânico Barclays. A instituição divulgou queda de 3,4% nos lucros em 2007, e elevação das perdas provocadas pela crise de crédito de 1,3 bilhão de libras esterlinas para 1,64 bilhão de libras (US$ 3,195 bilhões).

Além disso, o banco suíço Credit Suisse avisou que encontrou erros de precificação de bônus e o acerto resultará em perdas de US$ 2,85 bilhões com o mercado de crédito, reduzindo o resultado do quatro trimestre do ano passado em US$ 1 bilhão.

Também há informações de que o Lehman Brothers terá prejuízos com as hipotecas de segunda linha (subprime) dos Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão) e que a seguradora de bônus Ambac pretende levantar US$ 2 bilhões com emissão de ações numa tentativa de escapar do rebaixamento da nota de crédito (rating) pelas agências de classificação de risco.

Ainda nos EUA, fala-se que os bancos teriam tomado US$ 50 bilhões da linha que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) criou em dezembro do ano passado, nas últimas semanas.

Na agenda internacional, o único indicador previsto e com potencial para mexer com os negócios é o índice de atividade da Associação Nacional das Construtoras de Casas (NAHB) dos Estados Unidos referente a fevereiro, a ser divulgado às 15h.

Agência Estado
 
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