O dólar à vista abriu em baixa de 0,17% nesta quinta-feira, cotado a R$ 1,74 no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Ontem, a moeda norte-americana fechou em baixa pelo terceiro dia seguido, a R$ 1,743 (-0,37%).

Mais um dia em que as atenções do mercado doméstico de câmbio serão voltadas ao cenário internacional. Até o momento, o que se destaca são o otimismo visto nas Bolsas asiáticas, onde um crescimento vigoroso da economia japonesa impulsionou os negócios na região, e um tom moderadamente positivo na Europa, sustentado por balanços corporativos favoráveis. Nos EUA, os índices futuros também apresentam altas comedidas, sinalizando o tom de cautela que deve imperar até que o fato mais esperado do dia se concretize: o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Ben Bernanke, fala sobre as condições da economia, a partir das 13h, em audiência do Comitê de Bancos do Senado.

Vale registrar, como fato negativo do dia, o prejuízo registrado pelo banco suíço UBS, de 12,45 bilhões de francos suíços (US$ 11,22 bilhões) no quarto trimestre do ano passado. O UBS é a instituição européia mais afetada pela crise das hipotecas de segunda linha (subprime) nos EUA. Os efeitos disso nas transações de hoje, no entanto, é limitado, até o momento. Também é pouco expressiva a influência de notícias sobre problemas no mercado de títulos municipais dos EUA.

Por aqui, a agenda econômica é fraca e a variável que mais pode interferir nas cotações do dólar é o fluxo de recursos. O clima político continua esquentando o ambiente, mas não nas mesas de operações de bancos, que continuam ventiladas pelas perspectivas positivas para a economia interna.