A moeda americana fechou em baixa pelo segundo dia seguido, com o clima externo favorável e fluxo de recursos positivo para o país. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial teve o último negócio do dia à taxa de R$ 1,75, o que representou uma queda de 0,4% em relação a ontem. No acumulado de fevereiro, o dólar cedeu 0,51% até hoje. No pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista fechou em R$ 1,7495, recuo de 0,46% no dia.

As bolsas em Nova York ampliaram os ganhos — e a Bovespa acompanhou — com o anúncio de que o megainvestidor Warren Buffet tem a intenção de ressegurar em até US$ 800 bilhões a carteira de bônus municipais das seguradoras americanas MBIA, Ambac e FGIC. Esse alívio favoreceu o fluxo financeiro, que voltou a se intensificar dado o interesse dos investidores estrangeiros pelas arbitragens de dólar à vista com o mercado futuro de câmbio.

— Além dos fundamentos consistentes da economia brasileira sustentarem a confiança externa no país, o mercado de ações ainda está com preços atrativos e o diferencial de juros interno e externo continua favorável. Sem contar as ofertas de exportadores no mercado — disse um operador.

Essa movimentação elevou a liquidez no mercado cambial. O giro total à vista foi de cerca de US$ 2,8 bilhões hoje. O Banco Central fez leilão de compra de dólares. A taxa de corte das propostas ficou em R$ 1,7487. Também deu ânimo aos investidores a expectativa de um novo plano de ajuda a mutuários americanos patrocinado pelo governo George W. Bush e os seis maiores cedentes de crédito hipotecário. O objetivo seria paralisar as execuções de hipotecas por um período de 30 dias.