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 | 15/10/2009 15h26min

Ativistas do Greenpeace fazem manifestação contra consumo de alimentos transgênicos

CTNBio aprovou o plantio e a comercialização de três novas variedades genéticamente modificadas

Atualizada em 15/10/2009 às 19h52min

Um grupo de ativistas do Greenpeace interrompeu nesta quinta, dia 15, a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que apresentava, no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia, os processos para liberar a produção de arroz transgênico. Eles são contrários ao consumo desses alimentos.

Eles distribuíram arroz-doce aos membros da CTNBio, para representar o arroz transgênico. O protesto foi, também, direcionado à Dilma Rousseff, que desempenha a função de presidente do Conselho Nacional de Biossegurança, cargo que dá a ela o poder de vetar qualquer pedido da indústria de transgênico para a liberação de novas culturas.

– Na véspera do dia mundial da alimentação, precisamos chamar atenção para o risco da produção do arroz transgênico ou qualquer outro tipo de alimento geneticamente modificado no país. Desde que foram liberados, só vimos o aumento do uso de veneno no campo e produtores perdendo dinheiro. O brasileiro não quer veneno no prato! – disse o coordenador da campanha, Rafael Cruz.

A Polícia Militar foi chamada para conter a movimentação dos ativistas, porém, por se tratar de uma audiência pública, eles não foram retirados. O presidente da CTNBio, Walter Colli, informou que era preciso continuar o encontro, já que os membros da comissão tinham horários de voo marcados, porém deixou claro que era preciso manter a ordem. Os ativistas se mantiveram à frente da mesa dirigente acompanhando a audiência. A personagem caracterizada de Dilma Rousseff permaneceu ao lado do presidente da comissão.

Três novas variedades transgênicas e vacina de uso animal

A CTNBio aprovou o plantio e a comercialização de três novas variedades transgênicas no país. São elas: 1) milho resistente a insetos; 2) milho resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante aos herbicidas glufosinato de amônio e glifosato; e 3) algodão geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato.

Com essas novas liberações comerciais, o Brasil tem aprovadas 11 variedades de milho GM, seis de algodão e uma de soja.

Além disso, a comissão também aprovou uma vacina para uso animal contra a bactéria Escherichia Coli. De acordo com o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (ISAAA), 25 países adotaram biotecnologia em 2008. O Brasil, terceiro país no ranking dos maiores produtores de transgênicos, atrás apenas de Estados Unidos e Argentina, plantou 15,8 milhões de hectares com lavouras transgênicas em 2008.

AGÊNCIA BRASIL
Roosewelt Pinheiro/Abr  / 

O coordenador-geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Jairon Alcir do Nascimento, e o presidente da CTNBio, Walter Colli, durante protesto do Greenpeace, no Ministério da Ciência e Tecnologia, contra a liberação de alimentos transgênicos
Foto:  Roosewelt Pinheiro/Abr


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