As compras que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai fazer para atender as ações de abastecimento e estoques públicos do governo em outubro vão exigir a aplicação de R$ 542,7 milhões. Os recursos são da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), aprovados na semana passada em reunião com representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fazenda, Conab e Banco do Brasil.

Quase a totalidade dos recursos (R$ 456,7 milhões) vai para Contratos de Opção firmados com produtores rurais neste ano. Uma pequena parcela (R$ 1 milhão) será utilizada em Aquisições do Governo Federal (AGF) para compra de sisal na Bahia. Outra parte (R$ 85 milhões), vai cobrir débitos atrasados de compras (AGF) realizadas pela Conab nos meses de agosto e setembro.

Pelos Contratos de Opção, serão adquiridos cerca de 1,2 milhão de toneladas de produtos, como milho (926 mil toneladas), nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia, e arroz (366,1 mil toneladas) nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os mecanismos da PGPM são utilizados pelo governo sempre que ocorre queda nos preços durante a safra. Pelo sistema, no caso do Contrato de Opção, o participante tem a venda do produto garantida por um preço pré-fixado. Ao final do contrato, ele pode optar por negociar o grão com a Conab ou buscar melhor preço no mercado.