A Embrapa desenvolveu uma nova tecnologia no combate à sigatoka-negra, a principal ameaça à cultura da banana em todo mundo. Pesquisadores descobriram que a aplicação de pequenas doses de fungicida em determinada parte das folhas das bananeiras é suficiente para garantir a saúde da planta e a produção de frutos de qualidade.

Os estudos começaram em 2003, na Embrapa Amazônia Ocidental, com aplicações de fungicidas na raiz, no pseudocale (equivalente ao tronco da planta) e nas folhas da bananeira. O resultado obtido foi de folhas verdes durante todo o período de produção dos cachos, com frutos prontos para o consumo.

Além de eficaz, o método tem baixo custo. Enquanto outros tratamentos para controle da praga exigem 52 pulverizações de fungicida por ano, a nova tecnologia funciona com três aplicações, feitas diretamente na planta por meio de seringas, em cada ciclo produtivo.

Vantagem ambiental

As aplicações localizadas evitam o desperdício e diminuem os riscos de contaminação ambiental.  Com as pulverizações tradicionais, seja por meio de avião ou manual, o fungicida é lançado no ambiente, o que pode ocasionar a contaminação de outras plantas, animais e, até mesmo, pessoas.