| 26/09/2009 02h38min
Enquanto tomam um primeiro passo histórico em direção ao reequilíbrio da economia mundial e da estrutura de poder, os líderes do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) mostraram determinação em dar suporte à recuperação econômica.
No comunicado divulgado ontem ao final do encontro de cúpula de dois dias, os presidentes e primeiros-ministros do bloco disseram que seus esforços conjuntos para restaurar o crescimento e reparar o debilitado sistema financeiro “funcionaram”. Mas o G-20 concordou que ainda é muito cedo para começar a desfazer as medidas monetárias, fiscais e financeiras sem precedentes, que ajudaram a conter a turbulência e tirar a economia global fora da recessão. “Um senso de normalidade não deve levar à complacência”, diz o comunicado.
Os líderes também serão capazes de superar as divisões para adotar uma nova ordem econômica global que visualize a conquista de um crescimento mais
equilibrado e maior poder para
os países em desenvolvimento. Reconhecendo a crescente importância de países como China, Índia e Brasil, o G-20 suplantou o G-8 como o fórum mais importante para a cooperação econômica internacional.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o G-20 passa a cumprir papel excepcional na nova ordem econômica mundial. O anfitrião do encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou o resultado da reunião como “um grande passo na direção de um aumento da prosperidade global”.
– Precisamos encerrar este longo ciclo de bolhas (de crescimento) e estouros – disse.
A maior ênfase de Obama foi dada ao fato de o G-20 ter se tornado um fórum permanente.