O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, laboratório da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná que faz análises nas áreas de sanidade animal e vegetal, será credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realizar testes e diagnósticos de doenças de alta patogenicidade como a Influenza Aviária e a TSE (Encefalopatia Espongiforme Transmissível), popularmente conhecida como doença da vaca louca, e a doença de new castle, outra enfermidade que ataca as aves.

A portaria de credenciamento será assinada na próxima terça, dia 30, pelo secretário nacional da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz. Com o credenciamento, o laboratório estará habilitado a atender não só as demandas das cadeias produtivas do Paraná, mas de todo o Brasil.

O Centro de Diagnóstico passará a funcionar como um “braço” do Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário), pois terá também a função de triagem das amostras enviada por diversos Estados repassando os resultados ao Ministério, que consolida as informações e comunica os organismos internacionais de sanidade animal e vegetal.

Para conseguir esse credenciamento o governo do Estado fez investimentos de R$ 3,5 milhões, aplicados na reforma e infraestrutura do prédio e na compra de equipamentos de última geração. Segundo o secretário Valter Bianchini, com a reforma e a instalação dos equipamentos, o laboratório está avaliado em cerca de R$ 10 milhões, uma estrutura que está disponível para atender a demanda do setor produtivo agropecuário.

O aumento na variedade de exames e diagnósticos está sendo permitido graças à ampliação da base física do prédio e, principalmente, à biossegurança do centro, que agora permite a realização de exames diferenciados. O laboratório passará a atuar ainda nos diagnósticos para o Programa Nacional de Controle da Brucelose e Tuberculose e na área vegetal, com credenciamento para o diagnóstico de pragas quarentenárias que atacam as principais lavouras do país.

O credenciamento para o diagnóstico de doenças ameaçadoras para o plantel de aves, suínos e bovinos é importante porque somente exames e diagnósticos de qualidade dão o embasamento técnico necessário para o Paraná e o Brasil continuar reafirmando a ausência de enfermidades como a influenza aviária e o mal da vaca louca no país.

Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização e da Sanidade Agropecuário, Silmar Bürer, só é possível dizer que determinadas doenças não existem no Brasil se for realizado o diagnóstico correto, e a enfermidade não aparece no resultado.

– Uma coisa é a notificação técnica da ausência dessas enfermidades, que dá seriedade e confiança no sistema de sanidade paranaense e brasileiro, e outra é a ausência de notificações – ilustrou Bürer.