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 | 15/09/2009 16h28min

Dívidas de agricultores catarinenses atingidos pelas chuvas são prorrogadas

Estado contabiliza 71 municípios em situação de emergência devido a chuvas e vendavais

Luciane Kohlmann | Brasília

As dívidas dos agricultores prejudicados pelas chuvas e pelos vendavais em Santa Catarina serão prorrogadas. Uma comitiva de prefeitos e parlamentares esteve nesta terça, dia 15, em Brasília, negociando medidas de socorro. O Estado já contabiliza 71 municípios em situação de emergência.

Cerca de 60 representantes do Estado lotaram o gabinete do ministro de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Um diagnóstico da situação na área rural foi apresentado ao governo, que já vinha estudando uma solução.

– O que a gente tem que fazer agora é tranquilizar as pessoas, tranquilizar os produtores. Como é que se faz isso? Primeiro, deixando claro que todos os financiamentos foram prorrogados. O que significa isso? Que ninguém precisa correr no banco para pagar dívida, mesmo aquelas dívidas que estão vencendo agora – afirmou o ministro.

Guilherme Cassel explicou que o governo só precisa receber os laudos dos prejuízos para acionar o seguro agrícola, o que poderá zerar as dívidas. Além disso, o ministro disse que já existe uma linha de financiamento, vinculada ao Programa Mais Alimentos, para os agricultores retomarem a atividade.

Ele também informou que estão disponíveis cerca de R$ 75 milhões para o Estado. Esta linha de financiamento oferece um crédito de até R$ 100 mil por família, com uma taxa de juros de 2% ao ano, três anos de carência e 10 anos para pagar.

No Ministério da Agricultura, a comitiva negociou soluções para os estragos nas estradas e nos silos comunitários. O governador catarinense, Luiz Henrique da Silveira, ainda pediu recursos para o governo do Estado para indenizar produtores pelos animais que foram mortos na tragédia.

O prefeito de Guaraciaba, cidade que foi vítima de um tornado, contou que a produção rural representa 70% da economia do município e que quase tudo foi destruído. Por isso, ele espera agilidade na liberação dos recursos.

– Acho que não podemos ficar reféns da burocracia, enquanto nossos agricultores, nossas famílias precisam dos recursos e não conseguem acessar.

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