| 05/09/2009 14h35min
Foi assinado neste sábado, dia 5, na Expointer, um protocolo de intenções entre a Banrisul Corretora de Valores e o governo da China. O convênio vai permitir negociações diretas entre os chineses e os produtores gaúchos, sem a ação de multinacionais. O país tem o objetivo de comprar 10% da produção agrícola do Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente do Instituto Brasil-China, Sérgio de Moraes, a iniciativa deve elevar os preços de venda para os produtores e diminuir os custos para os compradores daquele país.
– Queremos melhorar a performance dos dois lados, fazendo com que os chineses paguem menos e os nossos produtores ganhem mais, tirando aquele meio que hoje está sendo dominado pelas grandes multinacionais – reassalta.
Moraes afirma que a procura deve ser pelas commodities mais comuns do mercado, como soja, milho e trigo. Mas, de acordo com ele, está sendo realizado um trabalho para exportação de produtos de
agroindústrias.
O presidente da Banrisul
Corretora de Valores, Alejandro Arandia, acredita que até então existia uma desconfiança cultural da China, mas o fato de que serão utilizados mecanismos de vendas por meio da Bolsa Brasileira de Mercadorias, vai facilitar as transações entre os dois países.
– Há um interesse muito grande da China em se aproximar dos países que são grandes produtores de alimentos – destaca.
A medida também vale para o setor industrial. Poderão ser importados da China veículos elétricos, como automóveis e bicicletas. Está prevista uma missão chinesa para os próximos dias para oficializar o acordo.