| 03/09/2009 21h35min
O martelo voltou a fazer parte da rotina dos produtores de leite durante uma Expointer. Oito animais entraram na pista para serem vendidos após cinco edições da feira sem remates. Apesar do leilão contar com matrizes de alta qualidade genética, a maioria dos exemplares eram fêmeas comerciais, destinadas à produção de leite.
– São animais que já darão retorno do investimento na primeira lactose – explicou o presidente Associação dos Criadores de Gado Holandês Do Rio Grande do Sul (Gadolando).
O retorno dos remates é uma tentativa de reavivar um tipo de venda que sofreu o impacto de momentos de alternância do preço do leite e de animais. Primeiro, fêmeas e machos tiveram seus preços médios reduzidos, levando a uma retenção dos animais nas propriedades. Depois, veio à euforia do mercado. Preço alto dos animais, valores estáveis no preço do leite levaram à elevação rápida dos valores.
Entre os reflexos dessa retenção do mercado estava a redução do ritmo de qualificação genética da raça, comum entre as raças de corte, onde o leilão é um momento de troca e qualificação genética dos animais.
FRANCISCO AMORIM, ZERO HORA