| 31/08/2009 21h45min
Após 11 anos sem participar da Expointer, a raça bovina Caracu voltou a participar da feira com 20 exemplares. Para criadores da raça, a experiência foi boa. E eles prometeram voltar.
– É saudável para a Expointer ver uma raça que estava afastada voltar a expor seus exemplares aqui no Rio Grande do Sul. Daremos apoio para que os expositores retornem no ano que vem – afirmou o secretário da Agricultura, João Carlos Machado.
O presidente do núcleo sulbrasileiro da raça, Nilson Antônio Pagliosa, ficou surpreso com a recepção que os animais receberam no evento. Segundo ele, foram muitos os interessados em saber as características dos bovinos de corte com presença mais significativa em Estados do centro-oeste brasileiro.
– Além de ser rústico, o que garante uma maior facilidade em se adaptar, o caracu tem uma maciez de carne muito boa. E essa característica genética já foi provada por exames clínicos e de DNA feitos nos Estados Unidos – explicou.
Ele contou que, entre os motivos para ausência na feira ao longo dos últimos anos, esteve a incidência de aftosa no início da década no Brasil, que levou a um controle fitossanitário mais rigoroso por parte dos produtores. Conforme Pagliosa, no entanto, o que mais pesou foi uma escolha feita pelos criadores de darem mais atenção às feiras no centro do país.
– Como a raça está mais desenvolvida lá, o mercado é melhor – justificou.
No Rio Grande do Sul, os únicos produtores estão localizados na região da Serra. Apesar de nenhum deles ter participado da competição, a expectativa é que isso mude nos próximos anos.
– Trouxemos animais importantes para marcar presença. Entre os lotes participantes está a grande campeã nacional 2007 da raça, que também foi grande-campeã da Feicort 2009 – contou.
Pagliosa se referia a sua vaca Tulipa da Pagliosa (Cabanha Pagliosa, de Coronel Domingos Soares – PR), que conquistou o título de suprema grande campeã da raça na Expointer. E é dele também o touro Atraente da Pagliosa, grande campeão entre os machos.
– Essa não foi, mas as próximas edições serão de negócios, eu aposto – avalia Pagliosa.