Renata Maron l São Paulo (SP)

Foi inaugurado nessa terça, dia 11, em São Paulo, um dos únicos laboratórios do país que vai realizar num só local, análises químicas, físicas e biológicas da água.
 
Onde tem criação de peixes, ela é essencial. No entanto, mais importante do que ter bastante água, é ter cuidados para preservá-la.

É o que acontece na propriedade onde trabalha Luiz Antônio Turine, no interior paulista. Antes do início da produção em 1996, foi feita uma análise completa na água e, hoje é Turine que acompanha todos os dias tudo o que acontece na piscicultura.

Na fazenda, a água recebe um tratamento ideal, sendo aproveitada ao máximo. Tudo para o bom desempenho da atividade, em que são criadas mais de 15 espécies, entre elas a jundiá e black bass.
 
– A água tem que ser ideal para todos os tipos de peixe. Como é ideal para o ser humano, também tem que ser ideal para cada tipo de peixe, e tem que ter uma qualidade boa para que os peixes sobrevivam normalmente e tenham um bom crescimento – afirma o profissional.
 
Da nascente, a água segue para os 19 tanques e vai sendo bombeada de um para outro. A água contida dentro do compartimento também é aproveitada nas caixas do barracão, local onde os peixes já estão prontos para a venda.
 
Uma água de qualidade é fundamental para o desenvolvimento dos peixes. Por isso, não adianta verificar se ela é boa lá no início e começar a criação. Antes disso, é necessário fazer uma manutenção diária, principalmente no período da safra, como acontece na propriedade. Por exemplo, é importante verificar o PH da água: o ideal varia entre 7 e 7,5.
 
Na propriedade pela qual Antônio Turine é encarregado, o PH está excelente, em nível 7. Mas caso estivesse muito acima ou abaixo disso, seria necessário jogar calcário na água. E se o problema fosse sujeira, o correto seria a aplicação de gesso.
 
– Quando a gente trabalha com a água, a gente vê o quanto ela é importante para a vida do ser humano. Então, a gente cada vez mais adota procedimento para preserva-la – afirma Turine.

Quando sai dos tanques, o excedente da água vai para o rio. Em um mês, Luiz Antônio Turine conseguirá saber se esta água despejada está ou não prejudicando o meio ambiente, também vai saber exatamente qual qualidade da água que está sendo utilizada em todo o processo de produção e, com isso, poderá incrementar a renda com a atividade através das respostas obtidas no laboratório. O local acabou de ser inaugurado na sede do Instituto de Pesca, em São Paulo.
 
– Do ponto de vista do aquicultor, essa análise é muito importante para garantir que a produção dentro de seus viveiros seja bastante adequada, isso dá ao aquicultor de forma geral parâmetros para ele controlar o nível de produção, seja de peixe, camarão ou rã – explica o assessor da diretoria do Instituto de Pesca, Julio Vicente Lombardi.

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