| 01/08/2009 12h12min
Uma pesquisa do Ministério das Minas e Energia (MME) mostrou que 96 mil famílias beneficiadas pelo Luz para Todos (LpT) voltaram para o campo. São cerca de 480 mil pessoas, o que corresponde a 4,8% dos moradores dos dois milhões de domicílios atendidos pelo programa. E este número tende a aumentar.
— Se fizermos uma projeção para o final do programa, e considerando mais um milhão de famílias a serem atendidas, o número de retorno ao campo saltará para 144 mil famílias, o que representará 720 mil pessoas saindo das cidades. Além disso, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para cada R$ 1,00 investido no cidadão no campo, será necessário cerca de R$ 10 para mantê-lo na cidade — projeta o secretário de Energia Elétrica do MME, Josias Mato, em entrevista para a publicação Em Questão, editada pelo governo federal.
De acordo com Mato, a pesquisa identificou diversos benefícios que chegaram às comunidades atendidas após a instalação da energia elétrica. Entre os principais, citados pelos entrevistados, pode-se destacar que nove de cada 10 pesquisados disseram que a qualidade de vida melhorou. Além disso, os números revelam que as condições de moradias melhoraram para 88,1% e a renda familiar para 35,6%.
O secretário estima que as oportunidades de trabalhos aumentaram para 34,2% e as atividades escolares no período noturno para 40,7%. O Nordeste concentra quase metade dos brasileiros atendidos pelo programa.
— Para 89,1% das mais de um milhão de famílias beneficiadas com a chegada da energia elétrica na região Nordeste, a vida melhorou e esta melhoria foi atribuída totalmente ao programa. Isso foi o identificado na pesquisa. Em função da energia elétrica, chegaram bares, mercados, postos de saúde, dentista e escolas aos municípios — defende o secretário.
A pesquisa mostra também que as famílias atendidas pelo programa estão comprando mais eletrodomésticos.
— Antes mesmo de melhorar a moradia, os moradores de antigos quilombos, assentamentos e aldeias indígenas, compram televisão. Tanto é que ela detém o primeiro lugar na pesquisa, obtendo 79,3% das aquisições. Em segundo a geladeira (73,3%) que, com a chegada ao lar, põem fim à carne salgada para conservar e a comida que era jogada fora por não resistir — finaliza Josias Mato.
CANAL RURAL E MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA