| 26/07/2009 22h19min
O presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya criticou hoje o fato de os Estados Unidos já não utilizarem o termo "golpe de Estado" nem se manterem "firme" contra aqueles que o depuseram em 28 de junho.
— O que espero dos Estados Unidos é que sejam fortes e reticentes, e que esclareçam sua posição contra o Governo golpista, porque nas últimas declarações vi que desapareceu o termo 'golpe de Estado', quando no começo era usado — disse Zelaya em entrevista em Ocotal, Nicarágua, transmitida pela rádio "Globo" de Tegucigalpa.
O termo "golpe de Estado", afirmou Zelaya, "foi usado diretamente pelo próprio presidente Barack Obama", sobre quem disse:
— Sinto que a posição de Obama é firme.
— A posição da secretária (de Estado, Hillary) Clinton no início foi firme; agora, sinto que já não está realmente denunciando nem atuando firmemente contra a repressão que Honduras está sofrendo — afirmou o presidente hondurenho deposto.
Hillary convidou Zelaya a uma reunião em Washington
na próxima terça-feira para dialogar sobre a crise em Honduras.
O líder deposto acrescentou que a secretária de Estado "deve se solidarizar com Xiomara (Castro, sua esposa), que é uma primeira-dama que está sentada em frente às baionetas" de militares e policiais.
— A secretária deve denunciar a repressão, a violação dos direitos humanos, da liberdade de imprensa, todas as perseguições, as revistas sem ordem judicial e as capturas, as pessoas que estão sendo reprimidas em nível nacional — insistiu Zelaya.