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 | 25/07/2009 13h20min

BNDES acredita que produtividade no setor pecuário brasileiro pode quintuplicar

Presidente da entidade afirma que técnicas sustentáveis podem ampliar resultados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, espera que a exigência de cumprimento de uma série de exigências socioambientais para que pecuaristas obtenham crédito ajude a aumentar a produtividade do setor. A expectativa de Coutinho é que os criadores de gado quintupliquem a capacidade produtiva, a partir da utilização de uma área menor para o pasto.

– As diretrizes [socioambientais] contribuirão para coibir o desmatamento [da Amazônia] e incentivar a produtividade da pecuária, que precisará ser mais intensiva – afirmou Coutinho, durante a apresentação das novas regras para que frigoríficos obtenham financiamento no banco.
   
– O Banco do Brasil é o grande financiador do setor agropecuário. Mas, como financiador de máquinas e equipamentos, queremos contribuir nessa tarefa [de coibição do desmatamento e ganho de produtividade] – ressaltou o presidente do BNDES.

Para a secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a exigência de boas práticas socioambientais por parte um agente financeiro, como o BNDES, é uma evolução no controle do setor produtivo pelo governo. Os ganhos serão não só sociais e ambientais, mas também de mercado, em sua opinião, pois habilitarão os produtores nacionais a concorrer no mercado externo.

– Hoje, a sustentabilidade tem a ver também com o mercado internacional – disse Izabella.

Segundo Coutinho, os criadores de gado e frigoríficos foram comunicados das exigências que passaram a ser adotadas no processo de financiamento do BNDES e aprovaram as alterações. Sentimos uma receptividade [das empresas], embora esse seja um esforço oneroso, afirmou o presidente do banco, que possui em carteira R$ 6 bilhões concedidos ao setor pecuário.
   
Dentro do plano de incluir o BNDES no controle do meio ambiente, a secretária-executiva do Ministério de Meio Ambiente informou que o banco foi escolhido para ser o administrador do Fundo Nacional sobre Mudança no Clima (FNMC). A previsão é que o fundo, destinado a promover projetos de prevenção e de adaptação a mudanças climáticas, fosse gerido por um comitê vinculado ao ministério.
   
Izabella informou também que até o fim do mês o ministro Carlos Minc irá divulgar os dados relativos ao desmatamento da Amazônia em 2008.

– Acredito que os dados serão positivos – afirmou a secretária do ministério, durante a cerimônia de divulgação das novas diretrizes de financiamento do BNDES.
 

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