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 | 19/07/2009 15h30min

Novo índice mostra crédito ao consumidor em recuperação

Índice SCPC Nacional de Crédito ao Consumidor cresce positivamente há dois meses consecutivos

Números divulgados nesta quinta, dia 16, pela Associação Comercial de São Paulo revelam que a situação do crédito no país está se recuperando. Nos últimos dois meses, o Índice SCPC Nacional de Crédito ao Consumidor cresceu positivamente. Em junho, o crescimento foi de 0,5% na comparação com maio. Já na comparação maio e abril, a procura por informações de crédito cresceu 4,5%.

Esta é a primeira vez que a Associação Comercial de São Paulo divulga um indicador nacional de crédito ao consumidor. A pesquisa foi baseada nas consultas feitas em 2,2 mil cidades do país que possuem o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Ao todo os SCPC recebem cerca de 25 milhões de consultas por mês.

A recuperação, no entanto é lenta. Em relação a junho de 2008, houve queda de 18,7%. De acordo com a Associação Comercial, no primeiro semestre, o movimento de consultas caiu 16% ante o mesmo período de 2008.

– Com a divulgação desses dados queremos ter uma radiografia mais ampla da procura por crédito, tanto dos grandes conglomerados como das micro e pequenas empresas, que são os grandes geradores de emprego no país – disse o presidente da Federação das Associações Comerciais, Alencar Burti.

Segundo o economista-chefe da Associação Comercial, Marcel Solimeo, o cenário para o segundo semestre será melhor do que o primeiro.

– Esperamos, inclusive, que o último trimestre deste ano supere o mesmo período do ano passado – disse.

Para ele, o consumidor está mais confiante. Na análise regional, as consultas para crédito no Nordeste e Norte aumentaram 3,5% e 0,9%, respectivamente, em junho na comparação com maio. Já nas regiões Sudeste e Sul, o crescimento foi mais modesto, respectivamente 0,3% e 0,2%. O Centro-Oeste apresentou queda no índice, de 1,4%.

Para o vice-presidente da ACSP, Roberto Macedo, enquanto Nordeste e Norte dependem muito da agricultura e do turismo, o Sul e Sudeste têm forte presença da indústria, que sofreu maior impacto da crise.

– O Nordeste vem recebendo também muitos benefícios dos programas sociais do governo. Já o Centro-Oeste depende da variação das commodoties como soja e carne – diz.

Na avaliação de Solimeo, o crédito está voltando a fluir e a relativa estabilização do emprego favorece a situação.

– Mas é preciso verificar que os empréstimos que estão sendo concedidos nos bancos são acima dos R$ 100 mil. Isso mostra que o crédito ainda não está chegando aos pequenos negócios.

Durante a coletiva de imprensa para apresentar os números, o economista-chefe da Associação Comercial defendeu uma maior redução na taxa Selic.

– Estamos esperando uma redução entre 0,25% e 0,5%.


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