Não fossem as seis expulsões em 11 rodadas do Brasileirão, e talvez o Grêmio estivesse no G-4 com pelo menos 21 pontos e alguma folga.

Afinal, em cinco partidas, os cartões vermelhos retiraram pelo menos seis pontos da equipe. Eram jogos que estavam empatados e que o Grêmio acabou perdendo (ou deixando de vencer) porque ficou com um a menos em campo e foi pressionado. Foi assim na quarta-feira. Depois da expulsão infantil de Thiego, o time foi dominado e derrotado.

No retorno de ontem a Porto Alegre, o zagueiro foi cobrado pelos colegas, repreendido por Paulo Autuori, e multado pela direção.

Conforme as novas regras de conduta, estabelecidas pelo técnico em conjunto com os dirigentes, Thiego ficará fora do grupo na partida contra o Avaí, na Ressacada – o jogo posterior ao Gre-Nal –, além de perder 20% do salário do mês.

Expulso contra o Sport, no Brasileirão, Jonas ficou fora do jogo decisivo da Libertadores contra o Cruzeiro. Mesmo sendo o goleador da equipe, o atacante foi retirado da partida, sequer ficou no banco – Perea acabou entrando no jogo do Olímpico, quando o Grêmio precisava fazer 5 a 2 nos mineiros para seguir à final.

– Isso faz parte de um plano maior. O jogador precisa entender – justificou Autuori.

Entre os colegas, a expulsão de Thiego foi encarada como irresponsabilidade. Tcheco alerta que pontos como os perdidos no Couto Pereira poderão prejudicar o time ao final do Brasileirão.

– Expulsões ridículas, como a do Thiego, merecerão providências da direção. Ele comprometeu o jogo. Estamos perdendo pontos preciosos por causa de lances inconsequentes – lamentou o capitão.

Das seis expulsões gremistas no Brasileirão, cinco delas ocorreram em partidas fora de casa, justamente os jogos nos quais o Grêmio tem encontrado maiores dificuldades – ainda não venceu longe do Olímpico.