Governo e produtores trabalham para que a Guia de Trânsito Animal (GTA) seja implantada em todo o país até o final do ano. Por enquanto, apenas Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo estão com o sistema funcionando, sem custos adicionais aos produtores. A intenção é garantir que o gado brasileiro comercializado no país ou exportado tenha procedência legal.

A GTA eletrônica vai ajudar principalmente os produtores da Amazônia que sofrem com a desconfiança quanto à origem dos animais. Alguns chegaram a ter as propriedades embargadas, acusados de criar gado na floresta. Esta semana, os criadores assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta com os frigoríficos para garantir que a carne produzida no Estado não contribui com o desmatamento.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) questiona a ação do Ministério Público. Segundo ele, imagens de satélite comprovam que as fazendas não utilizam área de preservação. No encontro, o presidente da Faepa apresentou um plano de desenvolvimento agropecuário, que está sendo estudado há dois anos e deve resolver o problema da região.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo apresentaram na reunião da Câmara Setorial dados que mostram que o gado não é o grande vilão do meio ambiente. De acordo com as pesquisas, pecuária e agricultura juntas respondem por apenas 20% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo.