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 | 10/07/2009 19h10min

Expotécnica discute permanência do homem no campo

No evento, são expostos equipamentos com custo que pode ser dividido por um grupo de pequenos agricultores

Atualizada às 20h38min Katia Baggio | Sabáudia (PR)

O pequeno agricultor pode ganhar mais e viver melhor do que quem vive de salário nas cidades. A afirmação parece comum, mas faz parte de uma discussão que há muitos anos envolve a população rural. A Expotécnica de Sabáudia, uma exposição no interior do Paraná, há 16 anos oferece alternativas para garantir a permanência do agricultor familiar no campo, com qualidade de vida.

No evento, são expostos equipamentos com custo que pode ser dividido por um grupo de pequenos agricultores, mas com a mesma tecnologia de máquinas para grandes áreas. A Expotécnica é voltada para o produtor familiar do Vale do Ivaí, no norte do Paraná, mas representa todo o Estado, que tem 320 mil pequenas propriedades.

A diversificação pode ajudar o produtor a ter renda em curto, médio e longo prazos. Só as hortaliças rendem, na região, de R$ 1 mil a R$ 1,2 mil por mês. É possível ser pequeno e plantar com tecnologia.

O futuro da pequena propriedade também foi debatido na exposição. Segundo a Emater de Sabáudia, 80% dos produtores da região têm mais de 40 anos.

Estudos indicam que 70% dos jovens moram nas propriedades rurais, mas estudam e trabalham na cidade. Eles estão divididos entre garantir a terra da família e viver em um ritmo mais urbano. Este é um dos principais problemas quando o assunto é sucessão familiar no campo. A Emater também percebeu que jovens de propriedades mais mecanizadas tendem a aceitar o campo mais fácil do que aqueles onde o trabalho é mais braçal.

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