| 10/07/2009 11h29min
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nessa quinta, dia 9, que tem pressa na definição das medidas para rastrear a origem da carne bovina dos frigoríficos financiados pela instituição. Ele admitiu, no entanto, que é uma questão complexa, especialmente no Amazonas.
O banco ainda não definiu os detalhes de como vai ser o controle, mas Coutinho garante que a conclusão não deve demorar. As medidas a serem implantadas pelo BNDES devem prever uma série de exigências para a concessão de empréstimos para os frigoríficos. Uma delas é a implementação de um programa de rastreabilidade que permita informar se a carne que chega aos supermercados tem origem em fazendas que contribuem para o desmatamento do bioma amazônico.
Nessa quinta, instituição divulgou um balanço das operações financeiras. A oferta de credito do BNDES aumentou 10% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008.
Na avaliação do BNDES, a maior oferta de recursos, principalmente pela ação dos bancos públicos, mostra que o pior da crise já passou. De janeiro a junho, o BNDES desembolsou R$ 42,99 bilhões, crescimento de 10,8% na comparação com o mesmo período de 2008. As aprovações subiram 50%, para R$ 77,21 bilhões, e as consultas para novos investimentos cresceram 40%, para R$ 111,74 bilhões.
O maior volume de gastos do banco nos primeiros seis meses do ano ficou com a infra-estrutura, que totalizou R$ 16,4 bilhões, um aumento de 9%. Para a indústria, os recursos liberados chegaram a R$ 17,3 bilhões, uma alta de 8%. De acordo com o BNDES, os gastos com o setor industrial mostram que a recuperação dos investimentos na indústria está ocorrendo mais cedo do que o esperado. Já para a agropecuária foram liberados R$ 3,1 bilhões, crescimento de 10% na comparação com o primeiro semestre de 2008.
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