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 | 30/06/2009 15h48min

Produtores de algodão da Bahia estão pessimistas com a próxima safra

Estimativa é de corte nos investimentos e nova redução na área plantada

Luiz Patroni | Luís Eduardo Magalhães (BA)

A colheita de algodão na Bahia, segundo maior produtor do país, começou, mas os produtores já estão de olho na próxima safra. E, por enquanto, as previsões no oeste baiano não são nada animadoras. Diante do cenário desfavorável para a atividade, a estimativa é de corte nos investimentos e nova redução na área plantada.

Responsáveis por mais de 30% do algodão produzido no Brasil, os agricultores do oeste baiano já começaram a colheita e, pelo menos 5% da área de 283 mil hectares, já foi finalizada. A quantidade é suficiente para comprovar que as lavouras vão produzir menos este ano, principalmente por causa do excesso de chuvas, que prejudicou o desenvolvimento das plantas. Mas esta não é a maior preocupação dos produtores. O principal obstáculo tem sido os baixos preços pagos pelo produto, o que deve comprometer o futuro da cotonicultura na Bahia.

A estimativa ainda não é oficial, mas revela o descontentamento dos produtores com a atividade. Diante dos altos investimentos, a venda com preços desfavoráveis significa grandes prejuízos.Por isso, mesmo com a colheita ainda em fase inicial, as projeções para a próxima safra já começam a ser definidas e apontam uma queda significativa na área plantada.

Os produtores falam de uma redução de até 30% da área cultivada nesta safra. Se for confirmada, esta será a segunda queda consecutiva da área destinada à atividade no Estado, e a de maiores proporções. O produtor rural Augusto José Montani plantou três mil hectares, com um custo de aproximadamente R$4 mil por hectare. Na hora da comercialização não conseguiu receber ofertas que cobrissem os gastos.

– O planejamento meu da minha família é de redução de um terço da área, de três mil para dois mil hectares. O custo está alto.

Com um cenário desfavorável, a saída para os agricultores é encontrar maneiras de reduzir as despesas. Assunto que foi amplamente discutido durante na última edição de “Dia de Campo” na região, que apresentou cultivares resistentes à Ramulária, uma das principais doenças que atacam o algodoeiro. Contribuição da ciência para minimizar os gastos dos produtores, já que, em média, são necessárias quatro aplicações de fungicidas para combater a doença, e cada aplicação não sai por menos de US$ por hectare.

– Mostramos dois materiais novos que apresentam resistência à doença – explica o pesquisador da Fubndação-MT, Paulo Hugo Aguiar.

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