| 12/06/2009 18h36min
A baixa produtividade ainda é um problema considerado crítico nos cafezais situados na região Noroeste do Paraná. Segundo a Cocamar, a produção média é de 10 sacas por hectare, o que cria uma situação de desalento para os produtores quando os preços são pouco remuneradores, como os de agora.
Conforme o coordenador técnico de culturas perenes da cooperativa, engenheiro agrônomo Leandro César Teixeira, isto está fazendo com que as propriedades onde são mantidos cafezais antigos e poucos produtivos erradiquem as lavouras e deixem esse negócio.
Atualmente, há 6.907 hectares cultivados na região da cooperativa, registrando-se uma redução gradativa nos últimos anos.
– O desafio dos produtores é investir em novas tecnologias e também na mecanização da cultura – afirma Teixeira.
De acordo com o coordenador, o café continua sendo "uma excelente opção de renda, principalmente para quem deseja diversificar suas
atividades", sendo possível ganhar dinheiro mesmo em
períodos de mercado pouco remunerador. No entanto, enfatiza que "é preciso ter produtividade e conduzir o cafezal com mecanização, uma vez que isto contribui para reduzir custos".
Para ele, produtores de soja e laranja, que já possuem estruturas como tratores e outros equipamentos, poderiam ter no café uma oportunidade para garantir uma renda a
mais.
A colheita deste ano, na região Noroeste do Paraná, prossegue em ritmo lento e já com atraso, devido a fatores climáticos. Até agora, foram colhidos cerca de 20% da área cultivada na região da Cocamar.
AGÊNCIA SAFRAS