| 14/06/2009 16h40min
O município de Unaí, no Noroeste de Minas Gerais, assumiu a liderança da produção de grãos no Estado, com o registro de 724,5 mil toneladas. Os números fazem parte da última estimativa de safra do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), que não inclui os resultados da produção de milho da segunda safra.
De acordo com o levantamento, Uberaba, no Triângulo Mineiro, é o segundo município maior produtor de grãos do Estado, com 630,5 mil toneladas. O município foi o líder de produção em 2008. Em seguida vem outro município do Noroeste, Buritis, com produção estimada de 410,1 mil toneladas. No quarto lugar encontra-se Uberlândia, com cerca de 270 mil toneladas. Na sequência estão os seguintes municípios: Perdizes, no Alto Paranaíba; Paracatu, no Noroeste; Sacramento, Nova Ponte e Coromandel, no Alto Paranaíba; e Monte Alegre de Minas, no Triângulo.
A soma dos municípios do
Noroeste responde atualmente por
22,10% da produção mineira de grãos. A região irá produzir 2,25 milhões de tonealdas. Para o Triângulo Mineiro, agora na segunda posição, a estimativa é de uma participação de 21,84% no total da safra estadual. O IBGE diz que a produção dessa região fica cerca de 26 mil toneladas abaixo da registrada pela região Noroeste
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado, João Ricardo Albanez, um dos aspectos que chamam atenção nas estimativas de produção feitas pelo IBGE é a variação dos volumes em relação a 2008.
– A região Noroeste, atualmente na liderança da produção de grãos em Minas, registra crescimento de 4,47%, enquanto o Triângulo que ocupava essa posição, apresenta retração de quase 7%.
Ele explica que essa retração pode ser atribuída à expansão da cultura de cana-de-açúcar.
O superintendente observa o peso da participação do milho na nova
classificação das regiões quanto à produção de grãos.
– O milho é o principal produto agrícola de Minas Gerais e nossa safra está estimada em mais de 6,4 milhões de toneladas. A região Noroeste tem aumento estimado de 9,35%, produzindo com quase 966 mil toneladas. Já o Triângulo Mineiro tem estimativa de retração de 14,41%, embora com volume mais alto, de quase 1,1 milhão de toneladas.
De acordo com Albanez "a estimativa de queda, neste caso, pode ser explicada em parte pela introdução da soja no lugar do milho".
Os dados do IBGE ressaltam também os resultados de regiões que não se projetam com a produção de grãos e estão aumentando sua participação nesse segmento. Entre essas regiões estão o Jequitinhonha/Mucuri, que deram um salto de quase 31% na estimativa de produção comparada com a do ano passado. Outro exemplo, segundo Albanez, é a Zona da Mata.
– Essa região, tradicional produtora de leite e cana-de-açúcar e com participação crescente na produção de café, agora registra aumento de 3,54% no volume de grãos – finaliza.