| 30/05/2009 10h10min
Frutas, hortaliças, grãos, mel, doces e até flores orgânicas. Os produtos vão invadir a praça de alimentação que fica no 2º piso do Shopping Deck Norte, no Lago Norte, em Brasília, de 29 a 31 de maio. As opções saudáveis de consumo, que dispensam o uso de agrotóxicos, serão expostas e comercializadas durante a Expo Alimentos Orgânicos, iniciativa inédita do Sebrae Distrito Federal em parceria com o Sindicato dos Produtores de Orgânicos do DF (Sindiorgânicos). A feira também faz parte do calendário de atividades da 'V Semana Nacional de Alimentos Orgânicos', promovida pelo Ministério da Agricultura.
Mais de dez produtores atendidos pelo projeto Mundo Orgânico, do Sebrae/DF, participarão do evento. A idéia, segundo a gestora do projeto, Ana Paula da Conceição, é divulgar os benefícios do consumo de orgânicos, além de mostrar o que é produzido dentro do DF e no entorno.
– O foco é popularizar os produtos – diz.
Uma pesquisa da Emater mostra que a maioria dos consumidores de orgânicos é de classe média-alta. Para quebrar este paradigma e tornar o produto acessível a outras classes sociais, a feira deve percorrer várias regiões do DF até o fim do ano, como Taguatinga e Guará. O presidente do Sindiorgânicos, Moacyr Pereira Lima, está otimista com a idéia. Segundo ele, o consumo de orgânicos aumentou cerca de 40% no DF em 2008, e a meta é continuar aumentando este número.
O risco dos agrotóxicos
Um estudo recente da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 17 tipos de frutas, verduras e legumes, revelou que 15,29% possuem resíduos de agrotóxicos proibidos ou além do permitido por lei. Após a divulgação do levantamento, em abril, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um alerta à população sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação.
Uma das alternativas apontadas pelo ministro foi o consumo de alimentos orgânicos. Na pesquisa, o pimentão foi o recordista, com 64% das amostras contendo resíduos de agrotóxicos. Em seguida estão morango, cenoura e uva, que possuem índices de irregularidades superiores a 30%. Segundo nutricionistas, a presença indiscriminada de produtos químicos para o combate de pragas pode causar prejuízos à saúde do produtor e do consumidor.
AGÊNCIA SEBRAE