| 21/05/2009 12h57min
O requerimento que solicita a criação de uma CPI para apurar supostas irregularidades no governo Yeda Crusius precisa apenas de mais duas assinaturas para que sejam iniciadas as investigações. Pouco antes das 13h, a bancada do DEM, com exceção de José Sperotto, assinou o documento. Sperotto não compareceu à Assembleia, mas já havia adiantado que acredita na governadora e que mantém a posição de não aderir à CPI.
Paulo Borges e Marquinho Lang já haviam declarado apoio à CPI, mas decidiram adiantar as suas assinaturas após as ameaças feitas pelo deputado Coffy Rodrigues (PSDB) de pedido de impeachment do vice-governador do RS, Paulo Afonso Feijó, em razão de um contrato firmado por uma de suas empresas com a Ulbra.
— Devido a uma atitude, do nosso ponto de vista antidemocrática, posso chamar de chantagem política o que ocorreu ontem nessa casa — afirmou Paulo Borges, se referindo ao pronunciamento
de Rodrigues.
Eles sustentaram a opinião de que, se
existem provas, elas deverão ser apresentadas na CPI. Os dois deputados disseram, desde o início da discussão sobre a abertura de uma investigação contra a governadora, que gostariam de ser os últimos a assinarem o documento para garantir que mais partidos aderissem à causa. Chamaram de intimidação o que houve ontem por parte do PSDB.
— Por que chamamos de chantagem política? Porque o objetivo foi forçar a barra para evitar que os dois deputados que estavam dispostos a assinar (o documento) o fizessem — destacou Borges.
Agora, o documento conta com uma lista de 17 deputados. Faltam apenas duas para que se chegue à adesão dos 19 parlamentares necessários para que a comissão seja instalada no Legislativo.
Confira o termômetro da CPI: quem apoia, quem está dividido e quem não
quer
Entenda a crise no governo de Yeda Crusius:
Paulo Borges e Marquinho Lang e Daniel Bordigon (PT) na assinatura do requerimento que pede a instalação de uma cpi contra a governadora
Foto:
Arivaldo Chaves