| 19/05/2009 15h39min
O diretor-superintendente da Simpala, Flávio Augusto Vianna, negou novamente na tarde desta terça-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, que a revendedora tenha feito doação para a campanha de Yeda Crusius ao Piratini em 2006.
— Ficamos surpresos com a notícia. Nós nunca participamos de campanha. Temos a política de não participar de campanha alguma — disse Vianna — A Simpala tem a contabilidade aberta a qualquer hora para quem quer que seja checar qualquer envolvimento nosso com política. Não mantemos envolvimento com partido político.
O superintendente disse ainda que conversou com Aroldo Sartori, superintendente da revendedora na época.
— Ele disse que não havia nenhuma intermediação da Simpala. A Simpala é apartidária.
Em reportagem da revista Veja veiculada neste final de semana, foi publicado um e-mail trocado entre o vice-governador Paulo Feijó e o tesoureiro da campanha tucana, Rubens Bordini,
em que Feijó relata ter recebido a doação da Simpala.
O gerente de relações institucionais da General Motors, Marco Antonio Kraemer, já havia negado ter intermediado uma doação de R$ 25 mil da concessionária Simpala ou da GM para a campanha de Yeda Crusius ao governo, em 2006.
— Não lembro de quando é esse e-mail. Eu encaminhava o Feijó para a Simpala, para o Aroldo Sartori, que era diretor na época. Era um assunto de automóvel. Não tinha nada a ver com campanha — afirmou Kraemer.
A versão de Kraemer foi contestada por Feijó. Ele sustenta que Kraemer disse a ele que uma concessionária estava interessada em contribuir.
— Como meu amigo no meio empresarial, ele me disse: “Olha, uma revenda nossa quer contribuir com a campanha. É a Simpala.” Ele fez contato com a empresa e marcou horário. Mandei uma pessoa lá que esperava receber um cheque e recebeu o dinheiro.