| 12/05/2009 19h38min
Desde outubro do ano passado, logo após o agravamento da crise econômica, o volume de exportações do Rio Grande do Sul apresenta queda. Em janeiro deste ano, a redução foi de 39% em relação ao mesmo mês de 2008. Mas, desde então, o ritmo de queda tem sido menor. Tanto que, no mês passado, comparado a abril do ano passado, as exportações foram 11% menores. O economista da Fundação de Economia e Estatística André Contri observa que há um ajuste nos negócios, após o impacto maior da crise.
— Agora já está havendo um processo de ajuste a essa crise financeira e econômica. O que a gente não sabe muito bem é se vamos estacionar num patamar baixo de produção e exportação ou se vai agora começar uma tendência de recuperação.
O economista explica que o volume é um indicador melhor do que o preço para mostrar o comportamento da produção, que afeta fornecedores também. Já o preço aponta a renda dos exportadores.
— A quantidade exportada é extremamente
importante, porque o volume impacta
diretamente na produção. Nós podemos ter por exemplo uma queda nos preços dos produtos e isso vai significar queda na rentabilidade do setor. Uma queda no preço pode compensada por uma valorização cambial — explicou — O problema do volume é que ele impacta diretamente na produção. À medida que eu estou exportando uma quantidade menor, vou produzir menos e isso tem um reflexo em toda a economia.
No acumulado do ano, apenas dois setores da indústria gaúcha apresentaram crescimento de exportações em volume: refino de petróleo e informática. As quedas mais significativas para a economia do Estado foram alimentos, fumo e artefatos de couro e calçados.