| 11/05/2009 10h39min
Em dia de agenda econômica esvaziada, os investidores aproveitam a sessão desta segunda-feira para embolsar os lucros recentes nas principais bolsas em todo o mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que vem recuperando terreno graças ao ingresso de capital estrangeiro, segue esse movimento e indica uma correção técnica, após nove semanas seguidas de ganhos, o que acumulou uma alta de 38,5%. Apenas na primeira semana de maio, a Bolsa brasileira subiu 8,68%.
Por volta das 10h10 (de Brasília), o índice Bovespa caía 1,87%, a 50.432 pontos, na mínima do dia até o momento. No mesmo horário, os índices futuros das Bolsas de Nova York caíam mais de 1%, enquanto as perdas na Europa superavam 2% em algumas praças. Na Ásia, as principais bolsas da região fecharam em baixa, em meio à realização de lucros.
A queda nos preços das matérias-primas (commodities), negociadas no mercado internacional, coloca sob pressão de baixa as principais ações do Ibovespa. O petróleo, em
queda em torno de 2% em
Nova York, deixa a Petrobras mais vulnerável ao movimento de venda de ações, exatamente no dia em que divulga, após o fechamento dos mercados, o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano.
Analistas esperam lucro mais fraco da estatal, tanto em relação ao trimestre anterior (quarto trimestre de 2008) quanto ao primeiro trimestre do ano passado. Ainda no horário citado acima, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera cediam 2,02% e 1,67%, respectivamente.
A boa notícia em relação à estatal veio de Madri, onde a petrolífera espanhola Repsol anunciou a descoberta de uma reserva de gás natural e condensado em água rasa, no poço Panomarix, na Bacia de Santos. A companhia espanhola é a administradora do consórcio, com 40% de participação. A Petrobras tem uma fatia de 35% no consórcio, enquanto Vale e Woodside possuem 12,5% cada. Por volta do mesmo horário, as ações ON e PN classe A (PNA) da mineradora caíam 1,56% e 1,77%, nesta
ordem.