| 26/04/2009 15h01min
A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, disse neste domingo, dia 26, que a saúde pública do país vive uma situação de emergência devido à propagação do vírus da gripe suína.
Napolitano fez esta declaração num encontro com jornalistas na Casa Branca, onde o diretor interino do Centro de Controle de Doenças (CDC, em inglês), Richard Besser, disse que o número de doentes pela gripe suína nos EUA já chega a 20.
A secretária de Segurança - que é a responsável máxima governamental neste tipo de situações - explicou que o objetivo principal de declarar emergência é obter os recursos necessários para a prevenção, detecção e tratamento dos casos de gripe suína.
Napolitano afirmou que não há nenhum alerta para viagens aos países onde foram detectados focos da doença, mas indicou que esta situação pode mudar e pediu aos viajantes para que se informem.
Durante a entrevista coletiva, Besser assegurou que ações agressivas estão sendo tomadas para evitar uma forte propagação da doença, embora tenha admitido que mais casos surgirão.
— O comportamento do vírus é imprevisível, mas o número de afetados continuará subindo. E esperamos ver casos mais severos — afirmou Besser.
O diretor interino do CDC reconheceu que o foco surgido nos EUA não é tão grave quanto o do México, onde a gripe suína matou pelo menos 20 pessoas e mais de 60 mortes estão sob suspeita de terem sido causadas pela doença.
Nos EUA, dos 20 casos detectados até o momento, só uma pessoa permanece hospitalizada.
As ocorrências estão espalhadas pelo território americano: oito casos em Nova York (todos de estudantes de um mesmo colégio), sete na Califórnia, dois no Texas, dois no Kansas e um em Ohio.
Também participou da entrevista coletiva o assessor da Presidência americano para a Segurança Nacional, John Brennan, o qual assegurou que o presidente dos EUA, Barack Obama, está recebendo informações sobre a propagação da doença.
Segundo Brennan, o Governo está atuando de forma contundente para fazer frente a esta situação é evitar uma epidemia em massa no país. Ele reconheceu que o presidente Obama, que viajou na semana passada ao México, está muito preocupado com a situação do país vizinho.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que, dado que o período de incubação da doença é de 24 a 48 horas, não foi necessário submeter Obama a nenhum exame médico, já que nove dias se passaram desde seu retorno do México.
AGÊNCIA EFE