| 21/04/2009 21h12min
A Embrapa Soja está relançando o programa de manejo integrado de pragas de grãos armazenados. A instituição de pesquisa quer ajudar a reduzir o índice de infestação e contaminação nos silos e armazéns brasileiros, que passa de 10%. O problema diminui a qualidade da soja, milho e trigo que ficam esperando a venda e compromete a competitividade do país.
Depois de receber a safra os armazéns ficam sujos e empoeirados. É preciso lavar todos os locais por onde os grãos passam para reduzir o ataque de pragas. Eles procuram abrigo em sacas com detritos e cantos de máquinas e dos silos. Do lado de fora, é preciso procurar com atenção por insetos invasores. Para facilitar, a planilha tem figuras de besouros e traças, os que mais dão prejuízo. O pesquisador da Embrapa Soja, Irineu Lorini, explica que silos antigos são os que mais acumulam resíduos e insetos. Porém, mesmo com os novos modelos não se pode descuidar.
O Brasil tem perto de 16 mil unidades armazenadoras de grãos. As perdas pelo ataque de pragas e contaminação por fungos chegam a 10% do volume total, dados de 1993, quando o Ministério da Agricultura fez o último levantamento no setor. Outro ponto importante: a partir de janeiro do ano que vem a produção só vai poder ficar em armazéns certificados, que atendam às exigências da nova lei, como condições adequadas de ventilação, controle de umidade e controle de pragas.
A Embrapa propõe um esquema que inclui primeiro a conscientização dos proprietários e funcionários. Depois, é preciso aplicar medidas de limpeza, aprender a identificar as pragas, saber qual produto deve ser usado em caso de infestação e fazer monitoramento permanente das unidades. No caso desta cooperativa que adota o programa desde 2001, o prejuízo com perdas por pragas praticamente acabou.
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