| 16/04/2009 20h10min
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira que a redução no preço do diesel só deverá sair em três ou quatro meses, apesar da ansiedade dos caminhoneiros. Depois de uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lobão informou que um grupo de trabalho reunindo o seu ministério, a Petrobras e o Ministério da Fazenda está decidindo de onde sairá o corte para redução dos preços: se da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) ou da margem de lucro da Petrobras.
— É exatamente isso que está sendo discutido no Ministério da Fazenda, se sai da Cide ou se sai da margem de lucro da Petrobras. Preferimos que a Petrobras seja preservada — afirmou o ministro.
Apesar de reconhecer a pressa do setor, Lobão afirmou que não há porque acelerar o processo de redução dos preços e prejudicar a empresa.
— O desejo do governo é que o mais depressa possível possa a Petrobras fazer essa rearrumação dos
preços. Mas nós não podemos nos precipitar
ao ponto de prejudicar fortemente a Petrobras — afirmou.
— Compreendemos a situação dos caminhoneiros, mas seguramente eles também compreendem que quando o barril do petróleo se elevou tanto eles não foram afetados por conta disso, pelo contrário. Não podemos destruir a saúde financeira da Petrobras — disse o ministro.
Os caminhoneiros estiveram esta semana com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, quando pediram a redução do preço diesel.
Marco regulatório do pré-sal
Edison Lobão descartou a possibilidade de o marco regulatório da exploração de petróleo na camada do pré-sal ser anunciado já em 1º de maio, como esperava.
— Infelizmente eu posso dizer para vocês que nós não teremos esta regulamentação no dia 1º de maio. Até lá não será possível realizar aquela reunião final que teríamos que realizar, do ponto de vista do Ministério de Minas e Energia. Este é um
trabalho concluído, mas temos que discutir com seriedade, com prudência, com
cuidado e no dia 1º de maio nós iremos a Tupi. O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) já marcou, vamos retirar o primeiro petróleo do pré-sal — declarou Lobão, sem querer atribuir responsabilidades pelo atraso.