| 15/04/2009 19h32min
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta, dia 15, que a agricultura não vai ser atingida pelos cortes temporários no orçamento da União para 2009. Em Brasilia, ele e o ministro da Fazenda anunciaram a redução da meta de superávit primário, que é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública.
No projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2010, que o governo encaminha ainda nesta quarta-feira ao Congresso, está incluída a redução da meta de superávit primário de 3,8% do PIB para 3,3%. Isso quer dizer que a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida será menor. O principal motivo é a exclusão da Petrobras do cálculo da receitas e despesas do governo em 2009. Segundo o ministro Guido Mantega, as justificativas são a queda na arrecadação do governo e a desaceleração na economia.
Nesta manhã, o ministro Guido Mantega disse também que apesar da crise internacional ainda ter reflexos na economia brasileira, já é possível verificar um abrandamento da recessão que atinge alguns países. Para ele, o agronegócio brasileiro é um exemplo de melhora no desempenho.
As mudanças nas diretrizes orçamentárias foram baseadas em previsões otimistas para economia no próximo ano. Segundo o ministro do Planejamento, o Brasil deve crescer 4,5% em 2010. Paulo Bernardo também afirmou que os cortes temporários no orçamento da União não devem atingir a agricultura. Segundo ele, a economia vai ser feita nas emendas parlamentares.
— Não haverá contingenciamento na agricultura no que diz respeito aos programas essenciais como vacinação contra aftosa, defesa sanitária, animal e vegetal. Os programas de investimento da Embrapa todos estão preservados — disse Bernardo.
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