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 | 12/04/2009 13h20min

Mato Grosso do Sul tem custo estável na produção de trigo

Grande vantagem hoje é a elevação do preço do grão do trigo, principalmente das classes pão e melhorado

O custo de produção do trigo para a safra 2009/2010, na região sul de Mato Grosso do Sul, apresenta-se estável se comparado à safra passada. Para preparar o levantamento, a Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados/MS, tomou como base a média dos sistemas de produção predominantes entre produtores da região.

O estudo mostrou que o aumento registrado no preço do adubo, do ano passado até agora, foi compensado com a redução nos valores das máquinas agrícolas.

– Um exemplo é a colheitadeira que, em junho de 2008, custava em torno de R$ 430 mil e, agora, R$ 280 mil – diz o analista Alceu Richetti, responsável pela elaboração da estimativa.

Na opinião de Richetti, a grande vantagem hoje é a elevação do preço do grão do trigo, principalmente das classes pão e melhorado, usadas na produção de massas e panificação, que são as mais cultivadas no estado. Ele diz que se o produtor considerar o custo total médio da saca de 60 quilos, em torno de R$ 35, ao preço mínimo vigente de R$ 31,80 por saca do trigo classe pão, a perspectiva é de prejuízo.

– Mas se ele analisar apenas o desembolso, quando o custo variável médio é de R$ 25, percebe que tem ganho com a cultura do trigo – explica o analista.

Para pagar todos os custos, o agricultor tem que produzir acima de dois mil quilos por hectare.

– Recomenda-se consultar a assistência técnica para buscar orientações de como reduzir custo e aumentar a produtividade, visando dar rentabilidade econômica à atividade– informa o analista.

Estimativas

Em Dourados, o custo total da cultura de trigo por hectare, na safra 2009, é de R$ 1.066,97. O custo variável de R$ 750,30 representa 70,3% do total, dos quais 45,0% são gastos com insumos, 15,6% com operações agrícolas e 9,7% com outros itens. Individualmente, o fertilizante (24,4%), a operação de colheita (8,6%), a semente (8,4%) e o fungicida (7,3%) são os itens que mais aumentam o custo de produção. As informações de preços de insumos, serviços e máquinas foram coletadas em fevereiro deste ano.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

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