| 09/04/2009 13h04min
O nível de emprego da indústria recuou pelo quinto mês consecutivo, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a retração foi de 1,3% em relação ao resultado de janeiro. Na comparação com o nível de emprego de fevereiro de 2008, a queda foi ainda mais intensa, de 4,2%, a maior desde o início da série histórica, em 2001.
O acumulado no ano também continua em queda, de 3,4%, em relação ao verificado em igual período de 2008. Contribuíram para esse resultado os setores de vestuário (-8,9%), calçados e artigos de couro (-9,6%) e madeira (-14,8%), com as maiores retrações.
As pressões positivas, por outro lado, partiram do setor de minerais não-metálicos (1,5%), refino de petróleo e produção de álcool (4,6%).
Em fevereiro, a indústria também reduziu pela quinta vez consecutiva as horas pagas (0,4%) com relação aos dados de janeiro deste ano. Na comparação com o resultado de fevereiro do ano passado, o recuo é de 5,7%, o menor da série, com queda de 4,7% no acumulado no ano.
Depois de quatro resultados negativos, a folha de pagamento dos trabalhadores apresentou movimento inverso e cresceu 1,9% na comparação com a do mês anterior. Em relação ao apurado em fevereiro de 2008, a folha também cresceu 1,9%.
Na análise regional, o IBGE aponta que, em relação aos números de fevereiro de 2008, 13 dos 14 locais pesquisados demitiram trabalhadores, assim como 13 dos 18 setores pesquisados. Os principais cortes foram em São Paulo (-3,6%), Minas Gerais (-5,5%) e Região CentroOeste (-6,75). Somente em Pernambuco houve aumento do nível de emprego (0,8%).
AGÊNCIA BRASIL