| 02/04/2009 19h27min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta, dia 2, em entrevista na Embaixada do Brasil em Londres, depois da apresentação do documento final da reunião do G20, que gostaria de entrar para a história como o primeiro presidente cujo governo vai emprestar dinheiro para o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A declaração foi feita depois que o G20, grupo dos países desenvolvidos e emergentes, decidiu destinar U$S 1,1 trilhão para socorrer países afetados pela crise financeira.
Desse total, U$S 750 bilhões serão destinados a economias de países em desenvolvimento e dos emergentes que sofrem com a falta de crédito; U$S 250 bilhões serão empregados em financiamentos para estimular o comércio exterior; e uma reserva extra, de U$S 100 bilhões, está prevista para socorrer as economias de países mais pobres.
O Japão sinalizou que vai disponibilizar U$S 100 bilhões para o fundo, a China, U$S 40 bilhões, e o Canadá, U$S 10 bilhões. O presidente Lula disse que o Brasil tem condições de emprestar dinheiro para o fundo, mas o valor ainda não está definido.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acompanhou o presidente na entrevista e no encontro do G20, disse que o país definirá nos próximos dias o valor previsto para socorrer as economias mais afetadas pela crise econômica mundial.
AGÊNCIA BRASIL
A Cúpula do Grupo dos Vinte (G-20, os países ricos e os principais emergentes), em Londres: presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero (c, segunda fila); chanceler da Alemanha, Angela Merkel (d, segunda fila); presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; presidente da Indonesia, Susilo Bambang Yudhoyono; presidente do México, Felipe Calderón; e a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner
Foto:
Emilio Naranjo, EFE