| 02/04/2009 18h32min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o caráter democrático da reunião do G-20 (grupo de países desenvolvidos e nações em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira, e voltou a dizer que o Brasil poderá emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
— Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI? — perguntou o presidente a jornalistas.
Lula lembrou que, durante muitos anos, carregou faixas em protestos dizendo "Fora FMI". Ele disse que gostaria de "entrar para a história" como "o presidente que emprestou algum dinheiro para o FMI, além de pagar a conta dos outros", sem especificar que conta seria essa.
Lula disse que um eventual financiamento do país ao FMI pode mudar a postura do país em relação ao fundo.
— Depois a gente se queixa de que os países ricos querem mandar no FMI e no Banco Mundial. Lógico, nós só entramos lá como pedintes. Nós temos que colocar
a nossa fatia para podermos exigir — disse.
—
Nós temos que entender que, embora tenha problemas, o Brasil tem condições de ajudar os países mais pobres.
Cassius Clay
Ao referir-se ao atual estágio da crise financeira internacional, Lula usou uma metáfora relativa ao boxe e comparou-se ao lutador Cassius Clay, o ícone do esporte que, após conversão ao islamismo, passou a chamar-se Mohammed Ali.
— Eu não tenho medo de cara feia. Imagina se o Cassius Clay tivesse medo de cara feia. O [George] Foreman teria nocauteado ele naquela luta que eles fizeram no Zaire. Entretando, depois de apanhar por doze assaltos, ele derrubou o cara. Eu me considero o Cassius Clay nessas crise — disse.
As informações são do site G1.
Mantega e Lula conversam ao lado do presidente americano, Barack Obama
Foto:
Ricardo Stuckert, Presidência