| 01/04/2009 17h36min
Impulsionada pela venda de produtos básicos, a balança comercial brasileira registra resultados positivos pelo segundo mês consecutivo, com um superávit de US$ 1,77 bilhão em março.
Porém, por causa da crise mundial, a previsão do governo é de que as exportações brasileiras neste ano alcancem U$ 160 bilhões, valor 20% menor que o registrado no ano passado.
— A crise não é no Brasil, mas lá fora nos países compradores. Então, o que nós esperamos é que haja estabilização do comércio internacional para que o Brasil possa crescer ainda mais as suas exportações — disse o Secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.
Se a previsão do governo se concretizar, será a primeira queda nas exportações brasileiras nos últimos 10 anos.
— As exportações brasileiras ainda são menores neste trimestre do que o do ano passado. Então tivemos uma queda média na importação e na exportação de 20 %. Agora houve uma recuperação substancial em relação a janeiro. Tivemos aumento de exportações em fevereiro e maior ainda em março — concluiu Barral.
Somente os produtos básicos apresentaram, no primeiro trimestre deste ano, valor recorde nas exportações, que tiveram um aumento de 1,7%. Os destaques foram para a soja (com alta na receita de 49%), milho (40,6%) e fumo em folhas (15,3%).
Na categoria dos manufaturados, apenas o açúcar refinado apresentou um bom desempenho, já que cresceu 24% em comparação com o mesmo período do ano passado.
As vendas brasileiras aumentaram para a África e a Ásia. O destaque foi a China com um crescimento de 62%. Os demais mercados internacionais como a União Européia e os Estados Unidos reduziram o comércio com o Brasil.
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