| 29/03/2009 13h40min
A exploração de ativos provenientes da biodiversidade brasileira tem se tornado um lucrativo nicho de mercado. Assim confirma o empresário e agrônomo Luiz Grossman, proprietário da empresa brasileira Garden City, adquirida em 1990 em parceria com um sócio. O objetivo da propriedade era cultivar plantas medicinais e aromáticas. Posteriormente, foram construídas destilarias de óleos essenciais e laboratórios de controle de qualidade.
Atualmente, a fazenda é especializada na produção de óleo essencial de pitanga, contando com dezenas de milhares de plantas no campo.
– Hoje, o Brasil possui cerca de 300 plantas que só existem aqui e que podem ter sua essência extraída – explica Luiz.
Ele afirma que esse mercado é lucrativo. As vantagens vão desde a adequação da oferta à demanda ao aumento de valor agregado. Ele informa que a única desvantagem do negócio é a competição acirrada com a Índia e a China, que freqüentemente têm alterado o produto para vender mais barato.
Para ganhar espaço no mercado, principalmente externo, os empresários inovaram seus equipamentos, processos e produtos. Na parte de equipamentos, a empresa criou duas destilarias móveis. Nos processos, foram adquiridos vários tipos de certificação, criaram laboratório de controle de qualidade e investiram na envase para pequenas quantidades e distribuição própria de cosméticos.
Na questão dos produtos, a Garden City investiu, especificamente, em cosméticos feitos a base de pitanga. A planta é rica em vitamina A, sendo um importante antioxidante. Também foram contratadas soluções de universidades para obtenção de testes de eficácia e segurança.
AGÊNCIA SEBRAE