| 24/03/2009 18h37min
O governo dos Estados Unidos voltou a mostrar sua insatisfação com as ajudas às instituições financeiras e as gratificações oferecidas a alguns executivos, e pediu mais atribuições para a intervenção e liquidação de empresas à beira da falência.
O presidente americano Barack Obama disse esperar que "não demore muito para que o Congresso seja convencido" a aprovar tais medidas.
Nesta terça-feira, o Comitê de Finanças da Câmara de Representantes (Câmara Baixa) recebeu a visita do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner. Bernanke e Geithner explicaram as circunstâncias da intervenção governamental, em setembro do ano passado, na seguradora American International Group (AIG).
O presidente do Fed disse que tentou impedir o pagamento de bonificações aos executivos da divisão de produtos financeiros da AIG. Além disso, explicou aos legisladores que o caso desta
empresa demonstra a importância das novas
atribuições ao Fed e ao Tesouro.
O presidente do Comitê, o democrata Barney Frank, lembrou aos funcionários que a intervenção na AIG foi decidida pelo executivo, sem consultar o Congresso.
Já o republicano Jeb Hensarling, do Texas, utilizou um discurso mais direto.
— Os bônus pagos por companhias lucrativas a seus empregados mais destacados fazem sentido. Os bônus financiados pelos contribuintes e pagos por companhias fracassadas que devem dinheiro aos contribuintes, não fazem — disse.