| 24/02/2009 13h22min
O ex-diretor-geral da Juventus Luciano Moggi, condenado a um ano e seis meses de prisão por corrupção em transferências de jogadores, será processado por suposta difamação à Inter de Milão em entrevista ao jornal italiano La Repubblica.
Segundo fontes judiciais, o processo começará dia 4 de junho em um tribunal de Roma a pedido do procurador Pierluigi Cipolla, que acompanhou o caso por conta da entrevista do jornal, publicada em 17 de julho de 2006, durante o escândalo de compra de resultados conhecido como Calciopoli.
Na matéria, o ex-dirigente acusava abertamente a Inter de algumas transferências irregulares que vinculavam o clube ao Spezia, atualmente na série D italiana – quarta divisão –, assim como a utilização de um passaporte falso para o meia uruguaio Álvaro Recoba.
O ex-diretor-geral do
Juventus disse ainda que Giacinto Facchetti, então presidente da Inter, jantou
com representantes da Atalanta quando o clube ainda brigava por vaga na Liga dos Campeões. Mesmo com a morte de Facchetti, o clube decidiu manter o processo com Massimo Moratti, atual presidente da Inter.
O advogado de Moggi, Marcello Melandri, se mostrou surpreso com a decisão, que qualificou de incompreensível, já que o ex-diretor-geral da Juventus foi absolvido pelas mesmas declarações em outro veículo de comunicação. Além da condenação a um ano e seis meses de prisão, Moggi vai ao tribunal no julgamento sobre uma nova investigação do Calciopoli, sistema de corrupção no futebol italiano descoberto há dois anos.
No novo processo, iniciado em 20 de janeiro, são julgadas supostas irregularidades da primeira divisão na temporada 2004-2005, incluído o empate em 0 a 0 entre Juventus e Milan. O Calciopoli já rendeu a Moggi uma suspensão de 14 meses pela federação italiana de futebol.