| 22/02/2009 13h51min
Os principais países da União Europeia (UE) elaboraram neste domingo, em Berlim, sete propostas contra a crise econômica mundial. Todos concordaram em regular e vigiar todos os produtos, atores e mercados financeiros, indicaram fontes do governo alemão. As propostas serão apresentadas na cúpula do G20, em Londres, no mês de abril.
Além de medidas severas para um maior controle dos mercados financeiros, os países propõem que o papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesse sistema ganhe mais importância. O documento resume as conclusões de ministros e chefes de Estado ou de Governo de Alemanha, França, Reino Unido, República Checa, Holanda, Espanha e Luxemburgo.
Uma das propostas é que o FMI e o fundo de estabilidade financeira fiquem encarregados de promover e fiscalizar o cumprimento do plano de ação estipulado na reunião do G20 realizada em Washington, em novembro passado. Além disso, exige que todos os produtos financeiros de risco e as agências de classificação
fiquem submetidas a uma
entidade reguladora que controle estritamente seu funcionamento.
Também é sugerido o desenvolvimento de um mecanismo de sanções para uma melhor proteção ante os riscos que possam surgir de jurisdições que não cooperem, incluindo os paraísos fiscais. Os presentes na reunião de Berlim também destacaram a necessidade de os bancos aproveitarem as épocas de bonança econômica para criar "colchões de capital", nos quais possam se apoiar em tempos difíceis.
Os países europeus também concordaram em tomar medidas que evitem desequilíbrios na concorrência e disseram esperar o mesmo dos demais integrantes do G20, no encontro em Londres. Nesse sentido, se comprometem a não aplicar medidas protecionistas e a impulsionar a Rodada de Doha. Por fim, o grupo de nações européias propôs duplicar os fundos do FMI para que se possa ajudar com rapidez e flexibilidade aqueles com problemas em suas balanças de pagamento.