| 12/02/2009 18h21min
Produtores da região sul de Mato Grosso do Sul se preparam para começar a colher as lavouras de soja precoce. A previsão é de que a colheita confirme a queda na produção, uma consequência da estiagem prolongada que atingiu as lavouras e comprometeu a produtividade das plantas. A safra deve ser pelo menos 12% menor em volume no Estado – de aproximadamente 4,6 milhões de toneladas para quatro milhões de toneladas.
O produtor rural Cléber Desconsi deve começar a colher parte de sua plantação em cinco dias. Nesta safra metade da área de 850 hectares foi cultivada com grãos precoces (que precisam de um período mais curto entre a semeadura e a maturação). A escolha foi uma estratégia para reduzir os riscos de perdas de produtividade durante a safra de inverno.
– Optei pelas cultivares precoces para poder antecipar o plantio do milho safrinha e evitar que o grão fique mais vulnerável aos períodos de seca e geada, comuns durante a safra de inverno – diz ele.
Assim como Cléber, outros agricultores sul-mato-grossenses também apostaram nas cultivares precoces. A estimativa é de que elas ocupem 30% da área total destinada à soja nesta safra no Estado.
A opção pela soja precoce leva em conta pelo menos três pontos centrais. Além de poder antecipar o plantio do milho safrinha, quem planta cultivares de ciclo curto também consegue reduzir a quantidade de aplicações de fungicida contra a ferrugem asiática, e ainda pode ampliar os ganhos com a veda antecipada dos grãos.
Mas essa escolha não trouxe apenas vantagens. É que durante o período de formação das lavouras a região Sul enfrentou uma estiagem prolongada, que prejudicou o enchimento dos grãos e comprometeu a produtividade das plantas. Pelo menos nove municípios decretaram situação de emergência, entre eles Dourados e Maracajú, onde está concentrada a maior produção de grãos.
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