| 14/02/2009 11h10min
O Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estão analisando a possibilidade de aumentar o percentual de adição do biodiesel ao óleo diesel de 3% para 4% (B4) ainda neste ano. Com isso, a produção do biocombustível passará de 1,2 bilhão de litros, em 2008, para cerca de 1,6 bilhão de litros.
Capacidade instalada para isso existe, afirmou o diretor-geral da agência, Haroldo Lima. As 62 usinas do país têm capacidade para produzir 3,7 bilhões de litros por ano – ainda há uma série de projetos de ampliação em análise na agência. A decisão sobre aumentar a obrigatoriedade de biodiesel ao diesel derivado de petróleo será do governo, mas, segundo Lima, há uma tendência de
aprovação da medida.
No ano passado deixaram de ser gastos US$ 1 bilhão com a importação do óleo diesel substituído pelo biodiesel. Foi o primeiro ano em que as distribuidoras de combustíveis foram obrigadas a adicionar
o diesel vegetal ao mineral. O
cronograma do governo prevê que em 2013 o percentual de adição aumentará para 5%.
O diretor-geral da ANP classificou o programa de biodiesel como um sucesso, mas afirmou que ele não atingiu o objetivo social e regional idealizado. A critica de Lima diz respeito ao fracasso da produção no Nordeste de mamona como matéria-prima para o biodiesel, que se mostrou economicamente menos viável do que a soja da região Centro-Oeste.
O próximo leilão de biodiesel que será realizado pela agência não deve incorporar ainda a meta de adição de 4%, o que só deve ser feito em um segundo evento neste ano. Segundo Lima, a Anfavea, representante das montadoras de veículos, será consultada sobre o B4, mas ele já adiantou que não haveria prejuízo para os motores dos carros.