Tom Daschle, o candidato do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a ocupar a Secretaria de Saúde, desistiu nesta terça-feira do cargo, pressionado por um escândalo de sonegação fiscal.

Daschle, que havia deixado de pagar mais de US$ 128 mil em impostos, foi o segundo nesta terça-feira a renunciar a uma indicação de Obama ao governo. Mais cedo, a candidata a supervisionar o orçamento federal, Nancy Killefer, também desistiu de sua nomeação. Em comunicado conjunto com Daschle, Obama indicou que aceita, com tristeza, a renúncia.

Daschle assinalou que tomou esta decisão porque não conta com a completa confiança do Congresso e não deseja que sua nomeação se transforme em uma distração.

Na sexta-feira passada foi descoberto que, depois de perder sua cadeira pela Dakota do Sul no Senado em 2004, Daschle deixou de pagar mais de US$ 128 mil em impostos por renda não declarada de consultoria.

Além disso, se soube que ele tinha cobrado mais de US$ 200 mil por serviços de consultoria a empresas especializadas em serviços de saúde, as mesmas que teria que regular se tivesse chegado a ocupar a pasta.

Em um comparecimento a portas fechadas no Comitê de Finanças do Senado na segunda-feira, Daschle pediu desculpas e disse estar "profundamente envergonhado" por seu atraso no pagamento ao fisco.

Daschle, ex-senador por Dakota do Sul, corrigiu suas declarações de impostos de 2005 a 2007 para quitar os US$ 128.203 em impostos atrasados e um total de US$ 11.964 em juros.